Como tinha de sair do país e voltar a entrar pois já passaram 3 meses e ainda não me trataram da permanência de residência, em vez de ficar apenas umas horas no aeroporto e voltar, decidi ficar o fim-de-semana em Muscate (Oman).
É uma cidade completamente diferente do Dubai, ainda tem um certo sabor a Arábia. A cidade está rodeada de montanhas e falésias junto ao mar e espalha-se por varias baías tendo fortes nos picos das colinas. Foi conquistada pelos portugueses e só voltou para mãos muçulmanas quase 2 séculos depois. Como tiveram um império que se estendia pela costa do Paquistão até Zanzibar na Tanzânia nota-se uma influência de Índia e Africa muito grande. As mulheres locais vestem-se de roupas coloridas e com muita joalheria e as danças têm uma vertente africana com tambores de dança de terreiro. Como apanhei o Festival da cidade deu para ver bastante do folclore local.
Ao contrário do Dubai vê-se muitos locais a trabalhar em posições mais pobres como taxistas, carregadores, etc. Aliás não se vê a opulência dos Emirados, apesar do pais ter petróleo, gás e outros recursos naturais. As pessoas ainda têm hábito de comer no chão com as mãos, coisa que experimentei num restaurante local (sala fechada e bastante incomodo para quem não está habituado).
O país tem-se desenvolvido bastante com este sultão ao contrário do anterior que não permitia escolas, médicos nem qualquer traço de vida moderna.
Nas fotos pode-se ver o meu olho negro mas que não foi em nenhuma briga.
Quando voltei para o Dubai tive a boa sensação de voltar a casa, de voltar a uma certa civilização (aparente). Ainda não consegui explicar porque me sinto tão bem aqui. Pode ser porque estou bem instalado mas acho que não é só isso. Já pensei que pode ser devido a na minha infância e adolescência em Angola e no Brasil ter vivido sempre como minoria rodeado de gente com costumes diferentes e estar a voltar a ter essa sensação familiar. Aliás tive pela primeira vez
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
domingo, 27 de janeiro de 2008
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
E eu que pensava que vivia num deserto! Começou a chover há 3 dias e não tem parado. O mês de Janeiro tem sido mais frio (à noite preciso de uma sweater) e até choveu. Claro que durante um ano não vai chover mais. O problema é que a cidade não tem sistema de drenagem e fica tudo alagado. Não há sarjetas, nem esgotos pluviais. É tudo baseado na absorção da areia o que é pouco. O trânsito ficou impossível, algumas zonas inacessíveis mas amanha vem o bom tempo outra vez.
Na segunda-feira tivemos a visita do Presidente Bush e foi decidido por decreto que ninguém trabalhava pois as ruas iam ficar bloqueadas por razoes de segurança. A cidade parou, ficou fechada ate ele se ir embora. Nem escritórios, nem bancos, nada, tudo fechado, até centros comerciais. Os milhões que custou a estadia dele aqui. E como chove nem sequer dá para ir a praia!
Ate ao fim do mês tenho de sair do país pois está a terminar o prazo de permanência como turista e devo ir a Oman (Muscate). De resto a rotina normal de trabalho, ginásio, casa. A empregada que de vez em quando desaparece e tenho de telefonar a perguntar quando virá outra vez, o meu roommate americano que nem sabe onde fica Amesterdão nem a Holanda, eu a atentar aprender árabe, hindi e tagalog para poder conversar com as várias comunidades, enfim. Estou a ajudar a construir um país de raiz o que dá uma certa emoção.
Na segunda-feira tivemos a visita do Presidente Bush e foi decidido por decreto que ninguém trabalhava pois as ruas iam ficar bloqueadas por razoes de segurança. A cidade parou, ficou fechada ate ele se ir embora. Nem escritórios, nem bancos, nada, tudo fechado, até centros comerciais. Os milhões que custou a estadia dele aqui. E como chove nem sequer dá para ir a praia!
Ate ao fim do mês tenho de sair do país pois está a terminar o prazo de permanência como turista e devo ir a Oman (Muscate). De resto a rotina normal de trabalho, ginásio, casa. A empregada que de vez em quando desaparece e tenho de telefonar a perguntar quando virá outra vez, o meu roommate americano que nem sabe onde fica Amesterdão nem a Holanda, eu a atentar aprender árabe, hindi e tagalog para poder conversar com as várias comunidades, enfim. Estou a ajudar a construir um país de raiz o que dá uma certa emoção.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
domingo, 6 de janeiro de 2008
Meu amigo Rafael foi o primeiro a visitar-me no Dubai. Acho que está a gostar, apesar de ser tudo muito diferente. De qualquer maneira a vida aqui é bastante agradável. Tendo casa paga, tudo o resto é mais barato. Temos acesso a tudo sem problemas desde hotéis bons, restaurantes, praia o ano todo, óptimas temperaturas no inverno, imenso staff para fazer tudo. Um luxo!
Na verdade não tenho nenhuma vontade de voltar a Portugal nem mesmo de férias. Sempre que vejo os jornais portugueses na net parece que está tudo na mesma, as mesmas tricas politicas, os mesmos problemazinhos, país sem futuro e encalhado. Aqui há construção por todo o lado, o país vibra de vontade de fazer tudo em pouco tempo, o que para a minha área de trabalho é um paraíso. Por mais absurdo que seja uma ideia parece que aqui pode ser concretizada. Há imenso dinheiro e vontade de construir, de expansão, de desenvolvimento. A Europa está morta.
Não há miséria nenhuma pois toda a gente tem emprego e não se pode ficar sem trabalho que logo os mandam para os países de origem. Não há gente a dormir na rua, nem pedintes, nada. Não há vendedores de rua, não há criminalidade, nem roubos, pode-se deixar as coisas no carro sem problemas.
Claro que é tudo artificial pois há pouco tempo não havia nada a não ser areia. A quantidade de água e de energia que é necessária para manter tudo isto é enorme e vai contra todos os tratados de desenvolvimento sustentável, porem é agradável toda a aparente modernidade, os jardins, os carros enormes (gasolina baratíssima), os enormes shoppings, os lagos, marinas, piscinas, hotéis, como um mundo perfeito onde ninguém e realmente pobre e onde se pode fazer quase tudo. Afinal pode-se beber álcool, comer carne de porco, usar roupa mais ousada, usar símbolos religiosos de outros credos, festas com tudo, sem problemas.
Não se sabe se um dia não haverá algum atentado que acabe com o sonho, pois aparentemente seria muito fácil pôr uma bomba em qualquer lugar (quase não se vê policia e nunca vi exercito). Se acontecer alguma instabilidade acho que tudo se desmoronaria e o deserto tomaria conta de tudo outra vez. É apenas uma impressão que espero nunca aconteça. Porque se me quiserem na empresa depois do fim do projecto ficarei de livre vontade, ou então tentarei arranjar outro emprego aqui. Estou completamente ambientado, tenho conhecido imensa gente (o que é fácil pois ninguém e daqui e todos estão deslocados e sozinhos), as pessoas são de todos os lugares do mundo, raças, cores, credos. Estou realmente a gostar imenso daqui e espero não voltar tão cedo a Lisboa.
Se me quiserem ver venham cá, pois quando tiver ferias vou andar pela região (Há voos para todo o mundo a preços muito acessíveis).
Ate a próxima e apreciem as fotos.
Na verdade não tenho nenhuma vontade de voltar a Portugal nem mesmo de férias. Sempre que vejo os jornais portugueses na net parece que está tudo na mesma, as mesmas tricas politicas, os mesmos problemazinhos, país sem futuro e encalhado. Aqui há construção por todo o lado, o país vibra de vontade de fazer tudo em pouco tempo, o que para a minha área de trabalho é um paraíso. Por mais absurdo que seja uma ideia parece que aqui pode ser concretizada. Há imenso dinheiro e vontade de construir, de expansão, de desenvolvimento. A Europa está morta.
Não há miséria nenhuma pois toda a gente tem emprego e não se pode ficar sem trabalho que logo os mandam para os países de origem. Não há gente a dormir na rua, nem pedintes, nada. Não há vendedores de rua, não há criminalidade, nem roubos, pode-se deixar as coisas no carro sem problemas.
Claro que é tudo artificial pois há pouco tempo não havia nada a não ser areia. A quantidade de água e de energia que é necessária para manter tudo isto é enorme e vai contra todos os tratados de desenvolvimento sustentável, porem é agradável toda a aparente modernidade, os jardins, os carros enormes (gasolina baratíssima), os enormes shoppings, os lagos, marinas, piscinas, hotéis, como um mundo perfeito onde ninguém e realmente pobre e onde se pode fazer quase tudo. Afinal pode-se beber álcool, comer carne de porco, usar roupa mais ousada, usar símbolos religiosos de outros credos, festas com tudo, sem problemas.
Não se sabe se um dia não haverá algum atentado que acabe com o sonho, pois aparentemente seria muito fácil pôr uma bomba em qualquer lugar (quase não se vê policia e nunca vi exercito). Se acontecer alguma instabilidade acho que tudo se desmoronaria e o deserto tomaria conta de tudo outra vez. É apenas uma impressão que espero nunca aconteça. Porque se me quiserem na empresa depois do fim do projecto ficarei de livre vontade, ou então tentarei arranjar outro emprego aqui. Estou completamente ambientado, tenho conhecido imensa gente (o que é fácil pois ninguém e daqui e todos estão deslocados e sozinhos), as pessoas são de todos os lugares do mundo, raças, cores, credos. Estou realmente a gostar imenso daqui e espero não voltar tão cedo a Lisboa.
Se me quiserem ver venham cá, pois quando tiver ferias vou andar pela região (Há voos para todo o mundo a preços muito acessíveis).
Ate a próxima e apreciem as fotos.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
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